Supercomputador Deucalion vai ajudar Portugal na investigação científica
O Centro de Computação Avançada do Minho (MACC), em Guimarães, abriga o supercomputador Deucalion, o segundo, que se junta ao mais antigo Bob.
Graças ao contrato celebrado entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, o supercomputador Deucalion representa um investimento de mais de 20 milhões de euros nos próximos três anos. O Deucalion é um dos oito novos supercomputadores a serem acolhidos por países da União Europeia, entrou recemente em funcionamento neste ano 2022.
Minho Advanced Computing Center -MACC- em Riba d’Ave, ademais tem um outro supercomputador, de nome BOB, a operar desde 2019. Este foi o primeiro supercomputador operativo em Portugual.
Para que será utilizado o supercomputador Deucalion?
A computação de alto desempenho está intimamente ligada com a área científica e de engenharia, em que é necessário executar simulações e modelações tão complicadas em termos computacionais, que mesmo um computador de topo de gama não conseguiria.
Também prevê-se que a supercomputação venha a permitir a antecipação e ajuda na luta contra as alterações climáticas.
Segundo o EuroHPC, o Deucalion terá aplicação em inteligência artificial e em machine learning.
Em resumen, o Deucalion tem capacidade para executar em muitas áreas de aplicações científicas: dinâmica de fluidos, dinâmica molecular, ciência de materiais, física de altas-energias, diagnóstico de doenças, etc.
Supercomputador… porquê?
Que faz este supercomputador… super? O agregado computacional do Deucalion pesa ao todo 26 toneladas. Além de super em tamanho, também é super em rapidez.
O Deucalion tem uma capacidade máxima de processamento de 10 petaflops, o que se traduz na capacidade de executar dez milhões de biliões de cálculos por segundo. Esta capacidade é dez vezes maior do que a do BOB.
Super-sustentavel, de classe mundial, e verde!
O Deucalion é um dos primeiros projetos europeus de supercomputação cuja operação se baseia em energias renováveis e num nível reduzido de emissões de carbono. As unidades que alimentarão o Deucalion estarão concentradas num espaço cedido pela Câmara Guimarães, com dimensão de 5000 metros quadrados.
Além da infraestrutura e operação sustentáveis, espera-se que o consumo energético deste supercomputador não exceda 1MW. Este projeto verde está alinhado com o Pacto Ecológico Europeu. Deucalion pretende ser um exemplo para os supercomputadores e centros de computação do futuro, estabelecendo o caminho em direção à computação de alto desempenho verde.
O Deucalion terá ainda capacidade de armazenamento de, pelo menos, 10 petabytes, de sigla PB, cerca de 10 milhões de gigabytes (GB). Para referência, estes 10 petabytes seriam suficientes para guardar todos os filmes já alguma vez produzidos no mundo, em definição normal, e ainda sobraria espaço.
4 centros de Computação Avançada em Portugal
A rede nacional (RCNA) de Supercomputadores de Portugal tem quatro centros de supercomputação. Esta rede avançada pertence a Fundação para Ciencia e Tecnología.
Atualmente existem quatro Centros de Operação de Computação Avançada em Portugal.
- o Minho Advanced Computing Center – ou MACC- em Riba d’Ave
- o Laboratório de Computação Avançada -LCA- em Coimbra
- a Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída -INCD- em Lisboa
- a infraestrutura ENGAGE SKA, em Évora, que é a interface da comunidade científica nacional para o futuro radiotelescópio SKA.
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